Os Fatos Alarmantes Sobre o Derretimento das Geleiras do Mundo, As geleiras são grandes massas de gelo que se formam em lugares frios e se movem lentamente pelo relevo. Elas cobrem cerca de 10% da superfície terrestre e armazenam quase 70% da água doce do planeta. Mas elas estão desaparecendo em um ritmo acelerado por causa das mudanças climáticas causadas pela ação humana.
Os Fatos Alarmantes Sobre o Derretimento das Geleiras do Mundo:
Neste artigo, você vai conhecer fatos alarmantes sobre o derretimento das geleiras do mundo e o que podemos fazer para evitar esse cenário catastrófico.
Como as geleiras se formam e por que elas derretem?
As geleiras se formam a partir da compactação e recristalização da neve acumulada em regiões de baixa temperatura. Elas podem ser classificadas de acordo com sua forma, clima ou condição térmica. As geleiras se comportam como rios de gelo, que se alimentam da neve que cai nas partes mais altas e se deslocam pela força da gravidade. A velocidade das geleiras depende da inclinação e da fricção do terreno por onde elas passam.
As geleiras derretem quando a temperatura do ar ou da água é maior do que a do gelo. Isso pode acontecer naturalmente, em ciclos de aquecimento e resfriamento do clima, ou de forma anormal, por causa do aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera. Esses gases, como o dióxido de carbono (CO2), são emitidos principalmente pela queima de combustíveis fósseis, pelo desmatamento e pela agropecuária. Eles retêm o calor do sol e fazem com que a Terra fique mais quente do que deveria.
Quais são as consequências do derretimento das geleiras?
O derretimento das geleiras tem impactos negativos para o meio ambiente e para a sociedade. Veja alguns deles:
- Elevação do nível do mar: o gelo das geleiras que derrete e vai para os oceanos faz com que o nível da água suba. Isso pode causar inundações, erosão e salinização de áreas costeiras, afetando milhões de pessoas que vivem nessas regiões. Segundo um estudo da Universidade de Zurique, as geleiras do mundo perderam mais de 9,6 trilhões de toneladas de gelo desde 1961, contribuindo para quase 5% do aumento do nível do mar1.
- Alteração do ciclo hidrológico: o gelo das geleiras é uma fonte de água doce para muitos rios e lagos, que abastecem populações e irrigam culturas. O derretimento das geleiras pode alterar o volume e a sazonalidade desses recursos hídricos, provocando escassez ou excesso de água em diferentes épocas do ano. Isso pode afetar a agricultura, a energia, a saúde e a biodiversidade.
- Perda de biodiversidade: as geleiras abrigam diversas espécies de animais e plantas, que dependem das condições climáticas e ecológicas desses ambientes. O derretimento das geleiras pode reduzir ou eliminar o habitat desses organismos, levando à extinção ou à migração de algumas espécies. Além disso, o derretimento das geleiras pode afetar a cadeia alimentar de outros ecossistemas, como os marinhos e os terrestres, que se relacionam com as geleiras de alguma forma.
- Mudança na paisagem: as geleiras são parte da paisagem natural de muitos lugares do mundo, atraindo turistas e gerando renda para as comunidades locais. O derretimento das geleiras pode alterar ou destruir essas paisagens, afetando a cultura, a história e a economia desses lugares. Algumas das geleiras mais famosas do mundo, como as Dolomitas, na Itália, os parques de Yosemite e Yellowstone, nos Estados Unidos, e o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, podem desaparecer até 2050, segundo um relatório da Unesco2.
O que podemos fazer para salvar as geleiras?
O derretimento das geleiras é um problema grave, mas não é irreversível. Existem algumas ações que podemos tomar para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e evitar o aquecimento global. Veja algumas delas:
- Usar fontes de energia renováveis, como solar, eólica e hidrelétrica, que não emitem CO2 na atmosfera.
- Economizar energia elétrica, desligando aparelhos que não estão em uso, trocando lâmpadas incandescentes por LED e usando eletrodomésticos eficientes.
- Reduzir o consumo de carne, que é responsável por cerca de 15% das emissões globais de gases de efeito estufa, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
- Reciclar e reutilizar materiais, evitando o desperdício e a geração de lixo, que também emite gases de efeito estufa quando se decompõe.
- Plantar árvores e preservar florestas, que absorvem CO2 e liberam oxigênio, além de fornecerem serviços ecossistêmicos essenciais para a vida.
- Cobrar dos governos e das empresas medidas efetivas para combater as mudanças climáticas, como a implementação de políticas públicas, a fiscalização de atividades poluentes e o investimento em tecnologias verdes.
Dúvidas comuns sobre o derretimento das geleiras
Aqui estão algumas perguntas frequentes sobre o derretimento das geleiras e suas respostas:
- Qual é a diferença entre geleiras e calotas de gelo? As geleiras são massas de gelo que se formam em montanhas ou vales e se movem pelo relevo. As calotas de gelo são massas de gelo que cobrem grandes áreas planas, como os continentes da Antártica e da Groenlândia. As calotas de gelo são muito maiores do que as geleiras e contêm mais gelo. Se as calotas de gelo derreterem completamente, o nível do mar pode subir mais de 60 metros, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
- Qual é a diferença entre derretimento e retrocesso das geleiras? O derretimento das geleiras é o processo pelo qual o gelo se transforma em água líquida por causa da temperatura. O retrocesso das geleiras é o processo pelo qual a área ou o comprimento das geleiras diminui por causa do balanço de massa. O balanço de massa é a diferença entre a quantidade de gelo que entra na geleira (por meio da neve) e a quantidade de gelo que sai da geleira (por meio do derretimento ou da ruptura). Se o balanço de massa for negativo, a geleira retrocede. Se for positivo, a geleira avança.
- Qual é a geleira que mais derrete no mundo? Não há uma resposta definitiva para essa pergunta, pois o derretimento das geleiras depende de vários fatores, como a localização, a altitude, a orientação, o clima e a dinâmica das geleiras. No entanto, alguns estudos indicam que as geleiras que mais derretem no mundo são as que estão nas regiões tropicais e temperadas, como os Andes, os Alpes, o Himalaia e a Nova Zelândia. Essas geleiras são mais sensíveis às mudanças de temperatura e recebem menos neve do que as geleiras polares.
As geleiras do mundo estão derretendo em um ritmo alarmante por causa das mudanças climáticas causadas pela ação humana. Esse fenômeno tem consequências graves para o meio ambiente e para a sociedade, como a elevação do nível do mar, a alteração do ciclo hidrológico, a perda de biodiversidade e a mudança na paisagem. Para evitar esse cenário catastrófico, é preciso reduzir as emissões de gases de efeito estufa e adotar hábitos mais sustentáveis. As geleiras são as grandes defensoras da estabilidade do clima do planeta, e precisamos protegê-las antes que seja tarde demais.
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